quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Perdido em Marte


Finalmente assisti Perdido em Marte (The Martian), que rendeu o Globo de Ouro de melhor ator em comédia/musical pra Matt Damon, além de ganhar o prêmio na categoria melhor filme comédia/musical. O mais recente trabalho de Ridley Scott (Alien, Blade Runner) tem uma trama bem simples: o astronauta Mark Watney (Matt Damon) sofre um acidente quando a tripulação de sua missão em Marte está evacuando o local devido as condições climáticas desfavoráveis. Achando que morreu no acidente, eles o deixam lá e agora ele tem que sobreviver até a NASA bolar um plano pra resgatá-lo antes que seus recursos acabem.

Olhando a trama não se parece muito com Comédia ou Musical, como muitas pessoas reclamaram pela sua indicação ao Globo de Ouro, mas o diferencial é o clima do filme. Mark em nenhum momento entra em desespero e sempre usa de bom humor para não perder a cabeça estando sozinho num ambiente perigoso e correndo contra o tempo para sobreviver. Com a ajuda de uma trilha sonora muito boa (com musicas disco e sucessos dos anos 70), é compreensível a indicação a está categoria no Globo de Ouro que é muito mais uma confraternização dos atores do que uma premiação super séria como o Oscar.

Mas o filme tem lá seus momentos mais tensos, chegando perto do final onde o resgate do astronauta pode (ou não) se concretizar, e o restante do elenco é excelente, contando com presença de Jessica Chastain, Kristen Wiig, Jeff Daniels, Sean Bean, Kate Mara, Michael Peña, Chiwetel Ejiofor, Sebastian Stan, Donald Glover, etc.


Concorrendo a sete indicações ao Oscar, talvez ele tenha mais dificuldade de se destacar. A concorrência em melhor filme e ator é mais forte já que não há essa divisão de categorias feita no Globo de Ouro, e nas categorias técnicas, mixagem de som, edição de som, efeitos visuais e design de produção o páreo é duro contra Mad Max e Star Wars. A melhor chance na minha opinião é em melhor roteiro adaptado, trabalho de Drew Goddard com base no livro de Andy Weird, embora a disputa seja também muito acirrada.

Se você ainda não viu, veja, vale muito a pena. Apesar de todos os perrengues que o protagonista passa, é aquele tipo de filme que te deixa pra cima, e mostra que Prometheus foi um erro caso isolado, e que Ridley Scott ainda tem lenha pra queimar.



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